Finalizando Julho

Esse mês foi muito importante pra minha saúde mental. Não por ter sido perfeito, maravilhoso, sem problemas. Justamente o contrário. Não é na tranquilidade que a gente cresce, já diria Brenne Brown. E o caso desse mês - ou dos últimos dois meses - foi exatamente o tipo de desconforto que permite entender o quanto eu caminhei, e que valeu a pena.

Em Maio eu aceitei uma vaga de emprego. Já tinha desencanado, foquei nos meus negócios, ia dar tudo pra fazer minha própria marca, mas a oportunidade surgiu, e eu decidi que ia encarar, porque eu tinha que me testar, tinha que sentir de novo o mercado de trabalho formal, tinha que ter vivência dentro de uma empresa de moda com outros funcionários. Eu mudei de carreira, senti que devia dar essa chance, ver como ia ser.

Acabou não sendo o que eu buscava. E quando eu me dei conta disso, me vi novamente diante de um dilema que tem sido muito difícil pra mim: como me afastar de um projeto sem sentir que sou um fracasso?

Eu faço terapia há alguns anos, então a teoria eu já conhecia. A prática é que estava difícil de lidar.

Mas eu tomei minha decisão, estou num momento muito segura das minhas prioridades, meus valores inegociáveis e da visão que tenho para o meu futuro. Eu não vou mais negociar meu bem estar, meu tempo nem minha energia. E tá tudo bem. Escolher minhas batalhas está sendo a decisão mais libertadora da minha vida. Antes eu me obrigava a finalizar tudo com perfeição, hoje eu escolho a dedo ao que vou me dedicar, e mesmo assim sei onde é meu limite para parar.

Terminei o período de experiência, saí de lá com muito mais conhecimento do que entrei, testei na prática várias ferramentas de produtividade, conheci pessoas incríveis que quero manter sempre por perto. E me virei de novo para meus projetos: a Balejo e a S.P.O.

Também foi legal perceber que mesmo com a rotina corrida de trabalho eu acabei produzindo mais conteúdo pras minhas redes pessoais, isso me deu uma motivação a mais!

Sabe aquela história de viver uma experiência para ter certeza do que você quer e do que não quer? Então, hoje eu tenho certeza que:

- não busco por um emprego muito longe de casa;

- não quero uma carga de trabalho com mais demandas do que eu sou capaz de fazer sem me esgotar;

- apesar disso, preciso de oportunidades que me tragam desafios constantes. Esse trabalho era bastante dinâmico e tinha sempre uma próxima atividade a fazer, e é o que eu gosto. O tempo passa rápido, eu me sinto produtiva;

- eu sou realmente movida por conquistas, mas quero missões que sejam possíveis de realizar dentro de um ritmo e com qualidade. Não me agrada terminar uma coisa apenas pra riscar a tarefa da agenda, eu preciso fazer com qualidade, e qualidade demanda um pouco mais de tempo;

- eu realmente sou apaixonada por moda, pela criação, em ver uma peça ganhando vida, em discutir cores e tons, ajudar a decidir se aviamentos dourados vão combinar com o estilo da coleção. É com ISSO que eu quero trabalhar todos os dias;

- meus estudos e experiência em planejamento e produtividade realmente são um dos meus diferenciais. Eu não teria durado 1 mês nessa vaga se não tivesse um método;

- minha preferência é o home office, mas faz bem ter o equilíbrio de sair, encontrar as pessoas, ter uma rotina fora de casa também;

- é fundamental pra mim ter liberdade de dar minha opinião, ideias novas e ter espaço para ser criativa.

Enfim, meu resumo do mês virou um grande post conclusivo sobre essa experiência de trabalho, mas esse foi realmente o foco. Fico triste que não tenha dado certo daquela forma, mas saio confiante da minha decisão e pronta pros novos desafios. Escolhi como foto de capa pra esse post um registro com minha filha, no dia em que ela conheceu Dayo e Omiyo, duas princesinhas que são muito importantes pra nossa família. Essa foto resume a conclusão deste mês:

Eu escolho estar onde me sinto bem.

Que Agosto venha com calma porque eu preciso me recuperar kk.