Adaptando o armário cápsula pra minha realidade

Peço desculpas pela minha ausência e gostaria de avisar que os posts serão feitos de acordo com o que minha saúde permitir. Estou passando por uma gestação bem difícil e dando uma pausa em tudo pra focar em ficar bem. Obrigada a todes que continuam acompanhando meu trabalho, espero poder voltar à rotina em breve!

O conceito de armário cápsula já esteve muito mais em alta, mas segue sendo um dos métodos ainda utilizados por pessoas que pretendem tornar o guarda roupa mais objetivo, enxuto e até liberar espaço. Pra seguir o método à risca existem várias regras - que eu não pretendo abordar nesse post, mas você pode conferir aqui - e essas mesmas regras me mantinham afastada da ideia. Não achava possível colocar tanto detalhezinho em prática e nunca acreditei que se encaixaria na minha realidade, o que também não tem problema, não precisamos colocar em prática todos os métodos da moda, é mais produtivo avaliar o que funciona pra cada realidade.

Pensando exatamente nisso eu decidi que esse momento seria uma boa oportunidade pra usar o conceito geral do armário cápsula, mas sem me prender às regras: iria fazer de um jeito que funcionasse pra mim. Três situações me ajudaram a tomar essa decisão: 1) A ressaca de completar 1 ano em isolamento social, saindo de casa apenas pro essencial, o que fazer com a velha sessão "roupa pra sair"? Não faz mais sentido, várias coisas estavam mofando no cabide; 2) A overdose de pijamas e moletom, solução mais prática adotada por quase todo ser humano que esteve em casa durante o último ano e que já deu pra mim. Eu não aguento mais ficar de moletom, não importa quão bonito ele seja e; 3) A minha gravidez, que me faz mudar de tamanho rapidamente todo mês e me obriga a repensar o que eu tenho em casa e o que preciso comprar. Essas foram as situações que me motivaram a fazer uma mudança no meu armário, e também foram meu norte na hora de tomar as decisões.

Outras coisas também precisaram ser levadas em conta, como o fato de que estou com um guarda roupa aberto e pequeno, além do clima - estávamos entrando no inverno quando comecei essa organização.

Então vamos lá, por onde eu começo?

Tirei tudo do guarda roupa e olhei peça por peça

Separei o que eu não uso mais, roupas pra doar, coisas que precisam de conserto, o básico. Como diz a Thais Godinho: "não dá pra organizar tralha". Então antes de qualquer organização sempre faço esse trabalho e deixo apenas o que realmente é útil, assim, eu não perco tempo categorizando coisas que sequer vão ficar na minha casa.

Separei por tamanho

Aqui não entra apenas a classificação básica P, M, G, mas também as peças que têm elastano e me permitiriam usar por mais tempo durante a gestação. Modelagem também influencia, dependendo do tipo de roupa dá pra adaptar à barriga crescendo, outras não tem jeito mesmo.

Nessa etapa uma grande parte das roupas já foram pra pilha "encaixotar". Muitas calças já não serviam mais, outras estavam no limite. Foi aqui que eu tive um real noção do que iria precisar comprar em tamanho maior e comecei a fazer uma lista de itens essenciais que já não me serviam. Recomendo pra gestantes e também qualquer pessoa que esteja passando por mudanças de peso, essa atividade me ajudou muito a ter uma visão completa do que eu tinha em casa.

Separei por tipo

Calças com calças, jaquetas com jaquetas, não tem segredo. Não esqueça que o armário cápsula também inclui acessórios, sapatos, bolsas, então dê uma conferida nesses itens também!

Separei por estação

Talvez você more em um lugar onde a temperatura não varie tanto, mas se é como eu e tem que enfrentar Curitiba, você precisa separar roupas de frio e de calor. Não faz sentido ocupar espaço em um guarda roupa pequeno com pilhas de shorts e camisetas que você não vai usar pelos próximos meses. Então tudo que era de calor foi pra pilha "encaixotar" também.

Separei por cor

Foi nessa etapa que eu percebi que aquela pilha de roupas de inverno era demais - eu tenho uma quantidade absurda de suéteres - e que não tinha motivo pra ocupar espaço com tudo aquilo no meu pequeno guarda roupa. Pra decidir o que realmente iria ficar ali à mão eu dei uma olhada geral no que tinha e decidi que tipo de cor e estilo eu queria pra esse ano. A partir disso, estabeleci uma cartela de cores - preto, tons terrosos, amarelo e vermelho - e fui selecionando as peças que combinavam entre si e faziam sentido pra mim.

Separei por quantidade

A partir daí fui definindo minha própria tabela de armário cápsula. Quantas calças seriam suficientes? Quantos tops? Jaquetas? Cheguei em um número que achei fazer sentido e que me permitia combinações diversas.

Ao fim de todo esse processo, pela primeira vez na vida eu tinha mais roupa pra encaixotar do que a quantidade que ficaria no meu guarda roupa. Me assustei um pouco no começo, fiquei com medo de "não ser suficiente", mas como eu estava sendo bem flexível, me lembrei que caso sentisse falta de algo era só abrir uma caixa e pegar a roupa. Sem problemas.

Algumas opções de combinações que ficaram à disposição e que eu realmente usei:

Eu ainda quero fazer outro post falando sobre como funcionou na prática, mas já posso adiantar que só precisei abrir as caixas para pegar roupas para uma viagem que não estava programada e que seria para o Estado de Goiás, o que significa que, tirando esse detalhe, a minha organização funcionou sim. Também tenho decisões a tomar sobre as peças de frio que não usei esse ano. Imagino que algo parecido vai acontecer quando eu fizer meu armário cápsula do verão - perceber que tenho mais roupas do que preciso- mas ainda não decidi totalmente se vou me desfazer de tudo ou testar outras possibilidades.

O fato é que minha relação com as roupas mudou. Por conta da pandemia, da gestação e também do armário cápsula que eu decidi adaptar. Nos próximos posts vocês vão acompanhar algumas reflexões e insights que surgiram!

E você? Já usou o armário cápsula ou tem algum método próprio pra usar as roupas de forma mais inteligente? Me conta! Até a próxima ♥