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Diário da GraviTefi | 07 semanas

No primeiro post eu expliquei pra vocês como foi descobrir que estava grávida. Mas a verdade é que a ficha ainda não caiu...


Três docinhos de gelatina, alinhados. Um verde, outro amarelo e o último vermelho
"O app de gravidez que eu baixei me avisou que o baby era do tamanho de um ursinho de gelatina"

Não sei o que exatamente eu estava esperando mas eu não me sinto grávida. Essa primeira semana eu não tive quase nenhum sintoma, com exceção de uma leve cólica e dos seios inchados e doloridos (mas até aí são coisas que eu sinto todo mês quando estou prestes a menstruar). Esses dias foram confusos, porque meu corpo entende esses sintomas físicos como: ok, preparação para a menstruação. E por isso eu esquecia que estava grávida. Um pouco por negação mesmo, mas muito pela falta de indicativos físicos. Sei lá, parece que foi um grande erro.


Na quarta passada tivemos nosso primeiro pré-natal e eu ainda meio em choque, sem saber o que sentir, querendo falar "então gente kkkk é tudo um engano não estou grávida".


Boa notícia: não fui atendida pelo médico sem paciência. Cheguei na Unidade de Saúde, passei pela triagem básica (pressão, temperatura, peso, altura) e fui chamada por uma médica que estava acompanhada de uma enfermeira. Elas se apresentaram, me explicaram que a primeira consulta é mais demorada porque são várias informações pra recolher e me disseram pra ficar à vontade e tirar minhas dúvidas com elas. A verdade é que eu não consegui tirar nenhuma dúvida porque ainda estava pensando "isso não é real".


Nessa primeira consulta pré natal você passa seu histórico de saúde, data da última menstruação, essas coisas básicas. Mas o SUS tem protocolos pra além do cuidado apenas médico, então fizeram perguntas sobre eu já ter sofrido alguma violência doméstica e sobre nossa situação alimentar. Nessa parte eu me senti muito mal, porque são feitas perguntas do tipo "você já ficou com medo de ficar sem comida? Já pulou alguma refeição por não ter o que comer?" e me caiu uma grande ficha de que muitas gestantes infelizmente devem responder "sim" pra essas perguntas. Me senti privilegiada e grata por não vivenciar isso, ao mesmo tempo senti ódio do nosso sistema que permite que pessoas passem fome.


Foi aqui que fiquei sabendo que estava com 6 semanas e 6 dias de gestação (quando esse post for ao ar, já estarei terminando a 7a semana). o ultrassom vai confirmar com mais precisão, mas pela data da última menstruação dá pra fazer essa previsão. O app de gravidez que eu baixei me avisou que o baby era do tamanho de um ursinho de gelatina (ficou confuse com a primeira imagem? kkkkk). Não sabia o que sentir, cada segundo naquele consultório fazia cair minha ficha de que talvez eu estivesse sim grávida kkkkk aiai.



O SUS também faz o teste rápido para HIV, sífilis e hepatite ali nessa consulta. O que me surpreendeu positivamente foi que os testes também foram feitos no meu companheiro, algo que eu duvido muito que seja feito pelo plano de saúde (alguém que tenha experiência pode me contar nos comentários como funciona?). Além disso, eu ganhei minha Carteira de Gestante e o André também ganhou uma carteira de pré natal do parceiro (e ficou muito feliz pelo mimo kkkk obg SUS ♥)


Outras coisas muito positivas na experiência dentro do SUS: ganhei álcool em gel, protetor solar e preciso pegar depois o repelente (porque tinha acabado). Também retirei alguns medicamentos na farmácia da UBS, experiência que eu já havia vivido mas que eu senti ainda mais gratidão pela minha situação (não ter que gastar com medicação, não precisar me expôr na fila de uma farmácia). Também já agendamos minha ultra sonografia (que eu achei que ia fazer nesse dia mesmo porém não) e alguns exames de sangue, urina e fezes de rotina. Esses procedimentos são feitos em clínicas que têm parceria com o SUS e, no meu caso, morando em Piraquara, é tudo bem perto de casa, o que eu achei ótimo.


Depois dessa primeira consulta aceitamos melhor o que estava acontecendo. Vamos ser pais. Colocar alguém no mundo...meu deus! Comemoramos com um sorvete e eu tive a ideia de comprar algo pro bebê, pra simbolizar esse início. Escolhemos o chinelo mais fofo da Pernambucanas:


foto de cima de chinelos de bebê verde abacate, com um desenho de leão na sola e o nome da marca Ipanema. Estou segurando um dos chinelos com as mãos e minhas unhas combinam com a cor
Primeiro recebidos do Baby

Esse presente também está me ajudando a não esquecer que eu tô carregando um baby. Eu juro que é muito fácil esquecer kkkkk deixo o sapatinho do lado da minha cômoda e todo dia de manhã e de noite ele me lembra que é real, tá acontecendo!


Nós tínhamos planejado contar pra família no aniversário do André, mas a bandeira vermelha veio e decidimos contar logo pra todos e já explicar que vou ficar ainda mais isolada. Depois de falar para as pessoas mais próximas, contamos a notícia nas redes sociais e parece que finalmente eu podia respirar. Guardar esse segredo é muito difícil (eu não sei como algumas pessoas conseguem esconder até o fim do primeiro trimestre).


Agora sobre os sintomas físicos: eu estava bem, até há alguns dias minha alimentação começar a incomodar. Basicamente não consigo mais comer a mesma quantidade de comida que eu estou acostumada, me dá desconforto e enjôo. Percebi que preciso diminuir a quantidade e comer com mais frequência. Confesso que ainda não achei a melhor forma de fazer isso, e fico me perguntando como eu faria pra comer se trabalhasse CLT... mas tendo o privilégio de trabalhar em casa e fazer meus horários ajuda bastante. Esses dias comi a melhor laranja da minha vida e já entendi que meu corpo tá pedindo frutas cítricas. É estranho observar o corpo reagindo de forma diferente a alimentos que geralmente eu não ligava muito.


E acho que é isso kkkkk muita informação pra uma semana né? Imagina como está a minha cabeça tentando processar tudo isso...


Ainda não sei direito o que pensar, ainda não caiu a ficha. Quando cair vocês vão saber. Preparem-se! Até quinta que vem!

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